A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou nesta terça-feira (7/6) decisão do ministro Nunes Marques mantendo cassação do deputado evangélico Fernando Francischini (União-PR) por criticas contra as urnas eletrônicas.
A decisão por três votos a dois manteve a cassação imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em outubro de 2021, depois que o ministro Nunes Marques havia decidido derrubar a cassação contra o deputado estadual.
O voto do ministro Gilmar Mendes foi definitivo para determinar a cassação do deputado, juntamente com os votos de Edson Fachin e Ricardo Lewandowski. O voto de Nunes Marques foi seguido pelo ministro André Mendonça.
“O discurso de ataque sistemático a confiabilidade às urnas não pode ser considerado como tolerável no estado democrático de direito, especialmente por um pretendente a cargo político com larga votação. Tal conduta ostenta gravidade ímpar, que pode comprometer o pacto social em torno das eleições”, disse Gilmar Mendes.
A desconfiança com as urnas eletrônicas tem sido agravada com a anulação das condenações contra Luiz Inácio Lula da Silva, que deverá disputar a Presidência da República sob forte desconfiança da população brasileira.